Saturday, April 21, 2007

Amor

Ao tempo falta-lhe algo...


E eu tenho-o...

Friday, April 20, 2007

Como te sentirias se eu não notasse que tinhas feito algo ao cabelo, que parecias diferente na maneira como me procuravas, como querias que notasse em ti, que apenas pronunciasse algumas palavras, simples, de agrado, para te agradar, uma forma de recompensa tão boa de ter e ouvir? Como sentirias se eu não te tivesse dito nada o dia inteiro, se nem reparasse que parecias agitada, ansiosa melhor dizendo? Como sentirias se perto da meia-noite, na cama onde nos deitamos, me confrontasses com isso perguntando porque raio não teria eu conseguido reparar em algo tão, tão, tão ali, por amor de Deus... E como te sentirias tu se eu te dissesse que o dia que tinha acabado de passar, que esse dia, tinha sido o dia dos meus anos?
Nutritionally challenged...

Monday, April 16, 2007

Já pensaste que a pessoa da tua vida se calhar, não é a pessoa certa para ti?

Sunday, April 15, 2007

Cheira a Primavera

Sabes aquele cheiro a Primavera/Verão que anda por aí no ar?



És tu...

delicious jockey

Em loop não me sais da cabeça.
O sample da memória da noite que partilhámos dá-me sangue, ar e vida.
Em ti quero remisturar o meu amor, cortar, scratchar e seguir numa cue infinita de partilha.
Minha mesa de mistura, meu ritmo perfeito, batida do meu coração, em ti reencontrei o gosto. Pela vida. Pelas coisas, grandes ou pequenas. Por tudo, que um dia até podia bem ter sido nada. Mas que hoje é o que é, e vale o que vale.
Por mim acima de tudo, um vinyl em busca de revival.
Arde na minha lembrança, banda sonora de toda uma vida. Em loop. E em loop, não me sais da cabeça...

mumbling whisper in your ear, so far, so dear...

Forever, and since ever, have i felt like a ghost in a shell.... A lonely and incomplete soul, trapped in a body not of my own. Nowadays, it's more like a ghost within a flesh of some sort... Because of you, i have managed to reattach my body to my soul... Once again. Because of your presence in my life, and for you.
So far away it seems... Looking back, it feels life has been nothing more than a waiting room, in order to once again be with you. And to once again hold hands with you. And with you, again, live. By your side. By my own side. Once again. Finally, again... Finally it seems...
Was it emptiness that made you weep, No more secrets to keep
Was it bitterness that gave you time, To forgive your sins
Was the earth spinning round, Were you falling through the ground
As the world came tumbling down, You prayed to God what have we done
Zero 7 - Spinning

Friday, April 13, 2007

Águas quentes...

Eu não sei que mais pensar, dizer... Para onde quer que olhe esteja eu cansado, com a vista pesada, seca, esteja eu carregado, cheio de vitalidade e energia, todos os lugares me parecem desconhecidos... É tão estranho. Tomei banho de água quente, aquela água que me faz sentir eu. Que me faz correr o sangue, invandindo todos os locais ermos do meu corpo que geralmente estão adormecidos neste cansaço trôpego.... gosto de sentir a água quente a correr-me pela pele, num abraço infernal. E no meio de tudo isto, procurei-te. Mas não te encontrei... Até onde a cortina me permitia ver, não te encontrei...
Acabei de tomar banho, limpei, saindo pé ante pé, sequei-me; e caminhei para a porta. Quando a atingi, fiquei abismado. Tudo estava transfigurado... As cores eram irreais, pareciam saidas de um qualquer videoclip dos anos 70! Eu não mais reconhecia o meu quarto sequer! Mas então, nesse preciso momento, sorri.... E fi-lo porque me apercebi.

Porque me apercebi que não te encontro quando estou em contacto comigo mesmo, naqueles meus momentos mais meus, íntimos e pessoais, sabes? Não te encontro porque tu és-me! Enquanto estava na banheira eu não te encontrei porque não estás fora de mim! Os braços que enlaçavam o meu peito eram meus, sim. Mas o abraço, o abraço quem o davas eras tu! E quando sai para o meu quarto, aí sim, vi que te encontro... Em tudo o que me rodeia, e que parece diferente, novo e irreal. Porque é com os teus olhos que agora vejo o meu mundo. Porque é contigo que vivo dentro de mim diariamente, num grito eterno e mudo de felicidade incontida neste corpo que já não é meu.... Porque é contigo que agora me sinto... eu.

fim

Wednesday, April 11, 2007

Coisas das nuvens...

Vem daí. Vem para o meu mundo que sempre foi teu... E de tão imenso que é, nunca nos vimos... Talvez porque caminhássemos de costas um para o outro... desde a cisão inicial, no ventre eterno que nos une desde sempre... E que, desde sempre, mantém viva a esperança de, do outro lado do mundo nos encontrarmos, para nunca mais nos libertarmos, da memória um do outro...

Nuvens e sol. Tudo faz parte... tudo é presente no mundo. No nosso também.

Tuesday, April 10, 2007

Bits and bytes

Basicamente, cuido de ti como nunca cuidaria de mim... Trato-te com o carinho de um aconchego de Verão em pleno Inverno. Completas-me. Amo-te como nunca conseguiria amar-me só a mim.

Sou o teu 0. E tu és o meu I.

Choro de alma

Chorar sem lágrimas. Fogos que ardem, sem arder... Ambos sufocam, num pranto extenuante, mas que aconchega... Uma humidade quente que acaricia... Natural, quase familiar, desde sempre... E persistem em mim... Atingem-me com força, tornam-me num ser que vive. Pertubam, no entanto. Deixam-me incomodado, demasiado alerta para todos os estímulos que chocam contra mim. O vento. O cheiro. A humidade. A secura do ar, o sol, a luz, a cor, o barulho, tudo tudo tudo... E persistem... Fogos que devastam sem os ver... Choro que sai sem molhar... E que no entanto, é chorar. E é queimar. E assim desaparece tudo em mim, sem eu me aperceber. E no entanto, tanto fica, pronto a renascer...