Hoje vi alguém igualzinho a ti. Tinha a mesma cara direitinha, o mesmo nariz cheio de graça e até respondia pelo mesmo nome, mas não eras tu.
Queria que fosses aquela pessoa, naquele momento, naquele restaurante e, sim, até com aquela companhia, mas não eras tu. Por mais que eu sonhasse encontrar-te, descobrir-te de novo, voltar a sentir o teu perfume (usarias perfume? mais parece uma memória inventada), repousar a minha vista cansada em ti... ver de novo o teu sorriso... mas não eras tu.
E no outro dia, chamei pelo teu nome, mas tu não me respondeste. E percebi que talvez tu não quisesses que fosse eu a pessoa que chamava pelo teu nome, que olhava com atenção para as tuas roupas tão típicas de ti, que fitava a tua companhia, que anseava o cheiro que só tu parecias ser capaz de transmitir... E talvez até fosses tu. Só não querias era que fosse eu.