Ando à deriva desde que te conheci, meu Deus como me desorientaste!!!
Explica-me: fui lá ter, ansioso por escapar e um pouco confuso também, admito-o. Mas como é possível perder toda e qualquer noção de tudo o resto, e só te querer a ti? Como pude eu fazer-me isto a mim mesmo, nesta fase, nesta altura? Como se nem estava preparado para nada?
Chegaste, trovejou o som do silêncio dentro de mim e falaste-me num sussurar encantador por cima de qualquer som, de qualquer ideia ou preconceito. Abafaste o medo em mim, tornaste-me novamente uno, devolveste-me a vida que sentia escapar. E depois deixaste de sussurar, desci de novo à terra e continuei a ver-te ali. Afinal estavas mesmo ali, não tinha sonhado, não tinha estado a delirar, doente que estava com o calor que penetrava em mim vindo de ti. Senão era já amor, que mais podia ser? E se amor realmente não o era, que cores poderia ter o teu amor? Que formas, que carinho, que sentimentos, tão brutal já era tudo que bombeava o meu corpo em direcção a ti...
E, por favor, se fores um acidente que devo ter, deixa-me viver tudo ao máximo contigo, do teu lado, com toda a tua pessoa.. Porque mais que nunca quero viver. Pois só tu tens a peça que completa o molde que deixaste no lugar do meu coração...
E deixaste-me tão trôpego que a minha língua ficou envergonhada, o meu raciocínio baralhado e o meu coração perdido, no meio do doce embalar do teu colo... que me deu tanto calor, que só o poderei comparar ao calor de uma mãe para com o seu filho... dá-me um hipótese de viver e ser feliz *